Cientista que liderou “desextinção” do lobo terrível volta atrás e diz que isso é impossível
Cientista que liderou “desextinção” do lobo terrível volta atrás e diz que isso é impossível

Cientista que liderou “desextinção” do lobo terrível volta atrás e diz que isso é impossível

No início de abril de 2025, o laboratório Colossal Biosciences anunciou ter “desextinto” o lobo terrível (Aenocyon dirus), um ancestral das espécies de lobos modernos. Após questionamentos de cientistas, a responsável pelo projeto admitiu que os animais não podem ser considerados lobos terríveis.

Qual é a verdade sobre os animais criados?

Beth Shapiro, cientista-chefe do Colossal Biosciences, revelou em entrevista à revista New Scientist que eles são na verdade lobos-cinzentos (Canis lupus) com cerca de 20 edições genéticas. Ela afirmou que “é impossível trazer de volta algo que seja idêntico a uma espécie que já existiu”.

Houve inconsistências nas declarações da empresa?

Sim. No comunicado oficial de 7 de abril, o laboratório se referiu aos lobos geneticamente modificados como “lobos terríveis”. Shapiro chegou a defender essa afirmação inicialmente, mas agora diz que o termo “desextinção” não foi usado pela empresa e que apenas coloquialmente chamavam os animais de lobos terríveis.

Como a comunidade científica reagiu?

O Grupo de Especialistas em Canídeos (CSG) da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) divulgou uma declaração indicando que os lobos criados não eram lobos terríveis. Mesmo assim, a empresa manteve inicialmente seu posicionamento original.

Qual é a importância dessa revelação?

Esta situação destaca os desafios e limitações das tentativas de “desextinção”. O trabalho da Colossal Biosciences pode levar a avanços científicos significativos na área de engenharia genética, mas demonstra que ainda estamos longe de realmente trazer de volta espécies extintas. O caso também serve como alerta sobre a importância da precisão e transparência na comunicação científica, evitando criar falsas expectativas na sociedade sobre avanços tecnológicos.

Fonte: Revista Galileu.

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